Petróleo, o recurso energético mais explorado e consumido no mundo, permitiu que a humanidade evoluisse mais e mais depressa, construindo mais e mais depressa, impulsionou a tecnologia de uma forma que ninguém imaginava, desde aviões, navios, foguetões, computadores, herbicidas, pesticidas e, o mais importante, o carro. O carro é hoje em dia o símbolo da independência, permite às pessoas viver longe do caótico centro da cidade e mesmo assim podem trabalhar nele; distâncias que dantes eram precisas semanas para percorrer agora demoram horas. Desde 1970, o total de quilómetros percorridos anualmente pelos automóveis e camiões americanos ultrapassa o crescimento da população. Quase ninguém nos países desenvolvidos precisa de abater um animal para ter carne e também ninguém precisa de ter a sua própria horta para ter legumes em casa porque o petróleo permite que milhares de camiões entreguem todos os dias bens alimentares sem que os stocks acabem. É graças ao petróleo que temos televisão por satélite e GPS, porque se não fosse ele os foguetões que levam os satélites para o espaço não iam descolar. Mas o problema do petróleo é que, para além de causar grandes danos no ambiente quer seja a explorar, a transportar, ou a consumir, acaba.
Já não é uma questão de se vai acabar, mas sim quando é que vai acabar. Os entendidos dizem, e está mais do que provado, que a exploração de petróleo nos EUA atingiu o seu pico na década de 1970, mas os EUA só não têm falta de petróleo porque compensaram com importações. Estima-se que ainda haja entre 2 a 3 triliões de barris de petróleo no mundo inteiro, o que até é bastante, mas tendo em conta que países como a China e a Índia se estão a tornar países de automobilistas, esse número pode chegar ao zero mais depressa do que se pensa.
No golfo do México, a exploração de petróleo em águas profundas aumentou de 1/3 do total explorado nos EUA para mais de 40% até 2008, antes de começar a diminuir. Na África, a exploração de petróleo enfraqueceu as suas economias porque funcionários corruptos desviavam colossais quantias de dinheiro, o que enfraquece as instituições democráticas existentes, e o petróleo também financia guerras civis na região. Noutros países é um benefício porque ajuda a desenvolver as suas economias, como é o caso dos EUA ou do Dubai, que constroem enormes arranha-céus, ilhas artificiais, hotéis de luxo. Como o petróleo convencional começa a escassear, o mundo virou-se para a exploração de petróleo através das areias betuminosas do Canadá que existe em grandes quantidades (cerca de 174000 milhões de barris de petróleo) mas, obter combustível desta maneira requer grandes quantidades de água e de gás natural, para além de causar um grande impacto no meio ambiente.
É claro que já há uma grande variedade de soluções para o petróleo, como por exemplo painéis solares, ventoinhas eólicas, barragens, células de hidrogénio, combustível de matéria vegetal, geotérmica, energia das ondas, entre outras.
"A verdade é que, de cada vez que nos dirigimos à bomba de gasolina, o fim da era do petróleo barato está cada vez mais próximo" e quando esse dia chegar os cidadãos de países que têm grandes exércitos vão querer ter esse petróleo de volta.
E agora, haverá sangue?
By Simão Santos, 10º I
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