sábado, 11 de fevereiro de 2012

Intervenção do Estado na Economia

A crise mundial iniciada em Setembro de 2008 chamou-nos a atenção para um tema até então abordado apenas nos meios académicos ou estudado de forma não refletida por políticos: a intervenção do Estado na economia com o propósito de garantir o bem-estar social e o crescimento económico.

Tradicionalmente, o estudo deste assunto divide-se em duas abordagens: a clássica e a keynesiana.

Na abordagem clássica do pensamento económico, o Estado deverá interferir minimamente e apenas em setores considerados estratégicos como segurança nacional (bem público) ou que não fossem atendidos adequadamente pela iniciativa privada, como saúde e educação (bens semipúblicos). Este modelo de intervenção ficou conhecido como Estado Mínimo.
Esta situação deveria dar-se, preferencialmente, de forma indireta a fim de não comprometer a riqueza gerada pela sociedade e que seria a principal fonte de recursos para novos investimentos e, desta forma, fomentar o crescimento da economia. Neste modelo não existe planeamento macroeconómico.
O modelo clássico funcionou relativamente bem até 1929 quando a queda da bolsa de valores de Nova Iorque, motivada pelo excesso de oferta de bens, arrasou os mercados. Este período ficou conhecido como a Grande Depressão.

Entra em cena a abordagem keynesiana, elaborada pelo economista inglês John Maynard Keynes que, em 1936, propõe a inversão da Lei de Say que regia o pensamento clássico de até então. Ou seja, a procura é que dita a oferta, e que para que isso acontecesse efetivamente, o Estado deveria intervir diretamente na economia a fim de estimular a procura, utilizando instrumentos de política fiscal, e atuando também de forma direta como produtor de lucros e empregos. Como se pode imaginar, quanto maior a intervenção do Estado, maior a necessidade do aumento no nível de tributação, com o objetivo de financiar o agora robusto e frequentemente deficitário orçamento público.
Este modelo de Estado ativo e intervencionista durou até meados dos anos 70, quando novas mudanças no cenário mundial tornaram insustentável a sua manutenção.

Fonte: http://www.vemconcursos.com/opiniao/index.phtml?page_ordem=assunto&page_id=2251&page_print=1

By André Costa, 11º J

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