Noção
A expressão sociedade de consumo designa uma sociedade caraterística do mundo desenvolvido em que a oferta excede geralmente a procura, os produtos são normalizados e os padrões de consumo estão massificados.
O aparecimento da sociedade de consumo decorre diretamente do desenvolvimento industrial que a partir de certa altura, e pela primeira vez em milénios de história, levou a que se tornasse mais difícil vender os produtos e serviços do que fabricá-los. Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no mercado, levou ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas e sedutoras e às facilidades de crédito quer das empresas industriais e de distribuição, quer do sistema financeiro.
O que caracteriza a sociedade de consumo é essencialmente o aumento do consumo (hiperescolha) e a massificação do consumo de bens duradouros.
Caraterísticas
As principais características da sociedade de consumo são:
- Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando as empresas a recorrer a estratégias de marketing agressivas e sedutoras que induzem o consumidor a consumir, permitindo-lhes escoar a produção.
- A maioria dos produtos e serviços estão normalizados, os seus métodos de fabrico baseiam-se na produção em série e recorre-se a estratégias de obsolescência programada que permita o escoamento permanente dos produtos e serviços.
- Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as características de consumo de massas, em que se consome o que está na moda apenas como forma de integração social.
- Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo, descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional).
Estas características de certas sociedades acontecem quando as necessidades elementares da maioria dos indivíduos estão satisfeitas, verificando-se a diminuição do peso dos encargos com a alimentação.
Consequências
As consequências de um excesso de consumo verificam-se quer ao nível pessoal, quer ao nível coletivo, ou seja, na sociedade.
A política concorrencial leva à adoção, por parte das empresas, de comportamentos padronizados quanto às técnicas de produção e marketing, que acabam por retirar aos consumidores o poder de decisão relativo ao tipo de consumos que fazem, pois através dos mecanismos de persuasão, manipulam os indivíduos nas suas escolhas.
Face aos incessantes apelos ao consumo e às ofertas de crédito tão insistentes, o consumidor é facilmente induzido a celebrar contratos de financiamento, efetuando um nível de despesa superior aos seus rendimentos. Por isso tem vindo a verificar-se um aumento do nível de endividamento das famílias.
Além disso, o consumismo, ao induzir ao consumo indiscriminado e sem valor, contribui para a degradação ambiental.
De facto, a duralidade dos bens é cada vez menor, já que a moda apela constantemente à renovação dos bens que utilizamos.
Por outro lado, a procura incessante de um bem-estar fácil leva-nos ao “usar e deitar fora”. É assim, por exemplo, com os pratos e talheres de plástico, os guardanapos e lenços de papel, as fraldas descartáveis, as latas e bebidas…
Deste modo, os resíduos sólidos urbanos vieram aumentar a degradação ambiental.
Mas o ambiente sofre também com a degradação da paisagem pela construção massiva de infra-estruturas de transporte e com a poluição atmosférica e da água. A poluição advém da extração, transporte e refinação do combustível, da produção dos próprios produtos e respetivos meios de transporte.
A estas consequências podemos ainda adicionar a delapidação de recursos, isto é, o aproveitamento e gasto acelerado de madeira, água, recursos energéticos e minerais finitos.
By Adriana Pinto, 10º I
Fonte:
http://www.consumoresponsavel.com/wp-content/rncr_fichas/RNCR_Ficha_D3.pdf
http://www.dolceta.eu/portugal/Mod4/As-caracteristicas-da-sociedade-de.html
http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/sociedadedeconsumo.htm
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